Saturday, December 27, 2008

Luto tanto para não desistir.

O meu espírito não contempla acomodações. É sonhador, desassossegado, inquieto, insatisfeito por natureza.

Conseguirei algum dia aceitar?

Friday, December 19, 2008

Uma dúvida...

Será que só escrevo aqui as coisas que não me consigo dizer a mim mesmo de outra forma?

Uma prenda de Natal diferente...

De há uns anos a esta parte (ainda eu nem sequer trabalhava aqui), alguns colegas decidiram que o dinheiro que se gastava a comprar pequeninas prendas uns para os outros (e que não passavam de pequenas lembranças) poderia ser utilizado para um fim mais útil, mais nobre, que verdadeiramente significasse uma prenda que correspondesse ao espírito natalício.
Assim, definiu-se que se juntaria o montante que cada um gastaria nessas pequeninas prendinhas, e que esse dinheiro seria gasto a comprar algo verdadeiramente útil para uma instituição de caridade ou de apoio social.
Esta passou a ser a prenda que cada um de nós oferece aos outros colegas e amigos, mas também a nossa prenda de Natal à sociedade.

Pela primeira vez, tive a honra de pertencer a este grupo.

Este ano reunimos 850 Euros, o que deu para comprar um órgão Yamaha P – 85, um tripé Yamaha L 85 e uma Guitarra, entregues à Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.
O Natal é isto.

Tuesday, December 09, 2008

Será na próxima vez que te vir...


(....é sempre tão difícil resistir...).

Monday, December 08, 2008

Hoje...

...volto a viver na incerteza. Sozinho, como sempre. E penso em ti. Como só tu, sempre tu, és tudo para mim.

Voltarás algum dia? Posso sonhar?

Sunday, December 07, 2008

Há um ano atrás...

...estava profundamente apaixonado.

Tuesday, November 04, 2008

Vivo um período de grande desasossego interior. Mas um desasossego bom, de introspecção, de desafio, de busca. Coloco-me todas as questões.

Mas o fascinante nisto é que este desassossego assaltou-me num momento de paz interior como já não tinha há bastante tempo. Paris deu-me esta luz, guiou-me na saída de um momento difícil.

Reencontrei-me, após a decepção. E, de novo, estou inquieto. Mas incompleto. No entanto, feliz. Ou, pelo menos, em paz.

Friday, October 10, 2008




Há dias em que sinto tanto frio. Cá dentro....O medo mora comigo.

Wednesday, October 08, 2008

Chuva

Há dias em que tudo parece tão cinzento...Mas em que, ainda assim, parece que qualquer coisa de bom fervilha dentro de mim...como se estivesses ali ao virar da esquina. E, enfim, eu pudesse viver.




As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir


Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir


São emoções que dão vida
à saudade que trago
aquelas que tive contigo
e acabei por perder


Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer ....
A chuva de lágrimas molhava-me o rosto...
(Mariza, "Chuva")

Friday, September 26, 2008

Pior do que, na vida, não sabermos para onde ir é, no final de um dia, não termos para quem voltar.

Tuesday, September 16, 2008

Em busca de quê?


Há dias em que me canso desta busca.


Há dias em que sinto falta de força para continuar a procurar. E se, uma vez na vida, em vez de tanto procurar, fosse eu o encontrado?


Seria essa a vez em que, de uma vez por todas, deixaria de me desiludir? E que poderei deixar de ouvir a canção da Adriana Calcanhotto:


Minha alegria, meu cansaço

Meu amor cadê você?

Eu acordei

Não tem ninguém ao lado...

Monday, August 11, 2008

A derradeira cicatriz...

Pensei muito em ti estas férias. Por tudo. E por nada. Quando comecei a recear que fossem mais umas férias em que estivesses omnipresente no meu pensamento, eis que sonho contigo duas vezes. Em duas noites consecutivas. E desta vez, não foi um dos nossos sonhos de sintonia, de partilha. Sonhei com a noite em que acabámos. Sonhei com essa noite de Julho em que puseste fim ao nosso sonho.
E lembrei-me de tudo, (re)vivi todos os sentimentos de mágoa, de tristeza, de revolta, de incredulidade que essa noite me trouxe. E voltou a ser claro no meu espírito (e sobretudo no meu coração) o quanto me magoaste. Como não te portaste bem comigo, como me trataste.
Ao acordar, abro os olhos e desperto para o pesadelo que imaginei ser o resto dos meus dias sem ti - mas, acima de tudo, acordo com uma inabalável certeza da desilusão que foste para mim nesse momento. Como te deixaste deslumbrar por uma vida que tinhas tanta certeza viria a ser melhor do que a que eu tanto sonhava dar-te... Ainda hoje me surpreende a facilidade, a ligeireza como nos deixaste para trás...
E dou por mim pensar como, naqueles dias que se seguiram, ainda mantive a secreta esperança de tudo voltasse atrás, que percebesses que era cmg que querias ficar. Que estúpido fui! Há tanto tempo que já estavas a viver outra vida, com a cabeça e o coração longe de mim...
Mas por mais que tenha doído, tenho hoje a mesma certeza absoluta que tive naquela noite - nunca, mas nunca, te faria o mesmo. Desse o mundo as voltas que desse. Nunca te magoaria daquela forma. Nunca te deixaria. Nunca te trocaria.
Não há outra mulher como tu, é certo. Mas na profunda lucidez de dois sonhos, cicatrizei-te em definitivo. Esqueci-te.

Thursday, July 17, 2008

Da minha essência

Poucos poemas encontrei na vida com os quais me sentisse tão identificado como este de Ricardo reis, lido na exposição sobre José Saramago:

Para ser grande, sê inteiro.
Nada teu exagera, ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim, em cada lado
a lua toda brilha.
Porque alta vive.

Sunday, July 06, 2008

Amor e paz?

Leio hoje na Pública um texto muito interessante sobre o casamento, o amor, a paixão....A certo ponto, é citado um poema de Mart'Nália:

«Quem anda atrás de amor e paz, não anda bem
porque na vida quem quer amor, paz não tem.
Seja o que for, eu sou mais do amor, com paz ou sem.
Sei que é demais querer-se paz e amor também (...)

Vou sempre amar, não vou levar a vida em vão
nem hei-de ver envelhecer meu coração.
Eu hei-de ter, ao invés da paz, inquietação.
Houvesse paz não haveria esta canção.»

Quero de volta a minha inquietação. Porque partiste? Não quero paz, quero chama. Não quero segurança. Quero amor.

Monday, June 23, 2008

Ainda e sempre tu...


Como te disse há pouco, tenho sempre receio que chegue o dia em que te vais esquecer de mim. Oxalá esse dia possa nunca acontecer.

Ontem tive muitas saudades tuas, nossas.... Quanto mais a vida me pega pela mão para me levar pelos seus caminhos misteriosos, mais tenho a certeza de que, apenas no momento em que tu seguravas a minha outra mão nesse caminho, eu fui feliz.

Independentemente de para onde me deixe conduzir pela vida, tu serás sempre...simplesmente tu, e tudo o que significas. Lembras-te quando decoraste a casa (ou, melhor, o quarto!) com balões?

Todos os dias 22 de Junho fui mimado por ti, fui amado cm nenhum outro homem teve a sorte de ser...Mas a teu lado, fui amado dessa maneira em todos os outros dias que não eram dia 22.....

Fui a pessoa mais importante na vida da mulher mais especial do mundo. E isso, nunca ninguém mo tirará.


Sempre juntos, sempre.

Tuesday, April 29, 2008

To love you in your deepest sleep



Cada pessoa tem as suas próprias formas de sentir o amor, de o interpretar, de o viver, de dele retirar a felicidade, a paz e a harmonia que amar significa (ou deve significar) na nossa vida..


Eu busco constantemente esses pequenos prazeres, esses sublimes deleites de, num singelo e único momento, imortalizar o sentimento de amar alguém. E encontro-o numa das suas formas mais simples - olhar para a pessoa que amamos no seu sono mais profundo.... Como na canção de Ayo:


"Watching you while you sleep..my hand on your breast feels your heart beat
Whispering in your ears explaining the way you make me feel
You made my dreams come true 'cause all I've missed I found in you
I'm so addicted to your love...you will always have the best place in my heart

If there was only place it would be by your side 'cause just with you on my side I can make it right...
If there was only one place would it be by my side..would you share all your dreams with me for the rest of our life..

(...)

What we have...is so hard to find..so let's hold on to it till the rest of time..."

Hospitais....um dos locais mais deprimentes do mundo




Como uma esmagadora maioria de nós, nasci num hospital. A minha diferença é que, depois, também cresci num...(o mesmo em que nasci, pelo menos houve coerência). Por razões familiares, passei a minha infância até aos 6 anos na creche do Hospital onde trabalham a minha mãe e a minha avó. Talvez por esse motivo, nunca tive aquela aversão que a mesma esmagadora maioria tem em relação aos hospitais. São, para mim, lugares familiares.


Mas neste últimos tempos, confrontei-me com os meus próprios limites relativamente a esta familiariedade. Nunca sabemos verdadeiramente o que pode ser aquela aversão até um dia entrarmos num hospital para visitar um dos nossos...saber que temos encontro marcado com alguém que sofre numa cama de hospital, saber que temos pouco mais de três horas para lhe dar todo o amor que trazemos.


E sem falar naqueles que sofrem tanto ou mais numa abandonada cama de hospital e que não têm família, nem amigos, nada nem ninguém, para trazer um pouco de conforto e amor...


Os hospitais são lugares frios...mas há alguém que, de uma forma diferente da família, dos amigos, lhe pode conferir vida e alegria - os profissionais de saúde. Faz toda a diferença quando o médico que nos opera, a enfermeira que nos dá a medicação ou a auxiliar que nos acompanha em tudo compreendem que trabalhar num hospital não é o mesmo que numa fábrica, numa loja ou num escritório. Num hospital, toda a diferença está na dimensão humana que podemos conferir ao nosso trabalho - e essa dimensão humana tem um poder transformador nas vidas de todos aqueles que alguma vez na vida tiveram (ou terão) que passar, por um motivo ou outro, pela porra de um hospital. Ou seja, todos nós.


Não é um verdadeiro profissional de saúde quem quer. Apenas quem tem esta especial vocação, esta tão simples, mas tão transcendente, capacidade humana.


Este post presta homenagem a todos quantos dedicam a sua vida profissional a emprestar diariamente esta sua transcendente capacidade para o bem-estar dos outros. Como tu, mamã.


Tuesday, March 18, 2008

Época de balanços


Nas últimas semanas tenho dado por mim a fazer balanços, a reflectir sobre como a minha vida mudou nos últimos dois anos...onde estou agora, para onde quero ir, o que faço presentemente, o que quero fazer a seguir....


Estou um bocadinho cansado....este tempo deteriora-me o ânimo, lentamente.....tudo tem os seus ups and downs bem sei , mas sinto muita falta da alegria de Lisboa, da luz, do sol, das lojas abertas à noite, da sessão de cinema às 24h....de ir para o trabalho de manhã e, mesmo parado no trânsito, desfrutar do sol....


Esta etapa trouxe-me tanta coisa boa...aquela felicidade que há muito buscava, uma realização profissional incomparável, um crescimento pessoal sem paralelo! Quero continuar....mas por outro lado, há tanto que me faz falta... Mas também há tanto (e tão importante) que tenho aqui e que não terei lá....


A vida é um lugar estranho...